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12/set/2017

Médicos e executivos de hospitais, prontos-socorros, redes de clínicas e de seguradora de saúde de cinco países e de quatro Estados brasileiros vão se reunir para compartilhar como estão adotando na gestão da saúde o sistema lean, filosofia de gestão originária do modelo Toyota. Será no “3º Lean Summit Saúde”, dia 18 de outubro, no Centro Empresarial de São Paulo (SP). Segundo médicos e executivos que vão participar do encontro, ao adotarem esse sistema eles conseguem agilizar e melhorar os processos, aumentando a qualidade do cuidado com o paciente. Isso aumenta a capacidade de atendimento, tornando a gestão mais produtiva e sustentável. “Além disso, o que é mais importante, é uma gestão que aumenta a segurança dos pacientes, o que ajuda a salvar vidas”, disse Flávio Battaglia, diretor do Lean Institute Brasil, entidade sem fins lucrativos de São Paulo que organiza o evento.

Serão 12 palestras num dia de evento com casos dos EUA, da Espanha, do Chile e da Argentina, além de exemplos de São Paulo, do Rio Grande do Sul, de Brasília e de Salvador. O encontro vai trazer para o Brasil a norte-americana Alice Lee, que atuou durante 10 anos no Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC), hospital associado à Harvard Medical School (EUA). Ela vai falar sobre o comportamento da liderança de um grande hospital na transformação da gestão. Também o caso da Clínica Santa Maria, no Chile, que reúne mais de 500 médicos e começou a adotar a gestão lean no ano passado. Segundo o médico chileno Dr. Jorge Alfonso Rubio Kinast, o sistema eliminou etapas desnecessárias, diminuindo restrições ao fluxo dos pacientes, aumentando a capacidade de atendimento.

O evento vai compartilhar também casos de hospitais, hotéis e restaurantes de Barcelona e da região da Catalunha, na Espanha. Segundo Oriol Cuatrecasas, presidente do Instituto Lean Management espanhol e professor da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC), o setor de serviços é vital para essa região, e há um movimento crescente no local para adoção desse sistema de gestão.

Da Argentina, haverá o caso do Instituto Modelo de Cardiologia, que utilizou o sistema para aumentar a capacidade do centro cirúrgico. Segundo o médico argentino Javier Agustin Sala Mercado, diretor Clínico e de Operações desse instituto de Córdoba, a gestão lean melhorou as etapas do fluxo do paciente, incluindo os processos de alta.

Do Brasil, haverá a apresentação de dois casos de adoção do sistema lean no diagnóstico e do tratamento do câncer. Um deles é do Instituto de Oncologia do Vale (IOV), de São José dos Campos (SP), rede de clínicas do Vale do Paraíba que adota o sistema há cerca de 10 anos. Segundo o médico oncologista Carlos Frederico Pinto, diretor do Instituto, com esse modelo de gestão foi possível aumentar em 300% a capacidade de atendimento na rede de clínicas, única brasileira do tipo a conquistar a certificação Quality Oncology Practice Initiative (QOPI) da American Society of Clinical Oncology (ASCO). Na mesma linha está o caso do Grupo Acreditar, rede de clínicas de oncologia de Brasília (DF). Segundo Edivaldo Bazilio dos Santos, diretor Assistencial e de Qualidade da rede, em quatro anos de adoção o sistema gerou melhorias concretas nas etapas do fluxo de atendimento dos pacientes. Ele vai explicar como fizeram isso utilizando o pensamento A3, conceito do sistema lean usado para fazer melhorias, desenvolver pessoas e resolver problemas.

O evento também vai apresentar um caso de mudança de gestão no setor público da saúde, o do Hospital Municipal Doutor José de Carvalho Florence, de São José dos Campos (SP). Segundo os médicos Laura Friggi Peters de Holanda e Otávio Lima de Holanda, coordenadores do Pronto-Socorro Adulto do local, esse sistema gerou novas formas de organização e controles visuais, o que resultou na diminuição dos tempos de espera dos pacientes. Os médicos atuam na Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que gerencia organizações de saúde no Estado.

O evento vai mostrar como o sistema lean pode mudar uma das áreas mais críticas de um hospital: a emergência médica. Por exemplo, no caso do Imed Group, de São Paulo, que gerencia dez unidades de terapia intensiva na capital paulista e no interior do Estado. Segundo os médicos Carlos Augusto Dias e Leonardo Brauer, diretores da empresa, o hoshin kanri e o trabalho padronizado, dois conceitos do sistema lean, ajudaram as UTIs a ficaram mais ágeis e integradas à estratégia da organização.

Ainda de São Paulo, o evento vai compartilhar o caso da rede de clínicas de oftalmologia HCloe, que adota o sistema há três anos. Segundo o médico Aloisio Fumio Nakashima, diretor de Recursos Humanos, isso já mudou a forma como colaboradores da clínica lidam com problemas.

O encontro ainda terá casos do Rio Grande do Sul e da Bahia. De Porto Alegre (RS), virá o exemplo do Hospital Moinhos de Vento, que adota o sistema lean desde 2012. Para Frederico Tarrago, engenheiro de Inovação e Processos do hospital, o sistema agilizou o atendimento e reduziu o tempo médio de permanência dos pacientes. Caso similar vem do hospital Aliança, de Salvador (BA), que incorporou conceitos lean na criação e na implantação de protocolos assistenciais. Isso reduziu significativamente a espera dos pacientes, diz o médico Eduardo Novais de Carvalho, coordenador da Linha de Cardiologia.

O encontro vai compartilhar também um case de adoção lean na área de seguros, da SulAmérica, que há cerca de três anos adotou o sistema lean como estratégia de melhoria contínua. Segundo Marco Antunes e Luciana Gomes, respectivamente vice-presidente e superintendente de Processos da seguradora, a empresa vem implementando mecanismos gerenciais para capacitar e engajar os colaboradores no pensamento lean, coordenando múltiplas frentes de trabalho e fomentando a troca de conhecimento e de experiências entre equipes.

“Esse é o único evento da América Latina que trata exclusivamente de lean na gestão da saúde”, afirmou Flávio Battaglia, diretor do Lean Institute Brasil, entidade sem fins lucrativos de São Paulo, parte de uma rede institutos similares em 22 países. Fundada há 18 anos, a entidade brasileira foi a segunda da rede mundial. A primeira foi a dos EUA.


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08/set/2017

Durante muito tempo, as empresas que contatam plano de saúde tinham foco apenas no custo do serviço e no processo de renovação dos contratos. Mas esse cenário começa a mudar. Este foi o sentimento compartilhado pelos profissionais do setor e palestrantes do Fórum de Saúde, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos, seção Rio de Janeiro (ABRH-RJ), nesta segunda-feira (11). Voltado à gestão de saúde, o evento ampliou o debate sobre as estratégias que contribuem para assegurar um gerenciamento cuidadoso, preciso e preventivo relacionado à saúde dos colaboradores das empresas.

“A boa gestão é que vai determinar a economia que uma organização poderá obter a partir de uma coordenação voltada para a promoção da saúde”, explica Paulo Sardinha, presidente da diretoria executiva da ABRH-RJ. De acordo com o executivo, três questões são preocupações atuais dos profissionais de RH: previdenciária, longevidade e saúde. “O profissional de Recursos Humanos precisa ter condições de transformar esses três aspectos, saindo de uma discussão marcada por custo para um debate sobre modelo de gestão mais eficiente”, destaca Sardinha.

Manoel Peres, diretor-geral da Bradesco Saúde, apresentou um cenário com as perspectivas econômicas e de saúde, entre 2017 e 2020. E alertou, ainda, que o plano de saúde representa 15% da folha de pagamento de uma empresa. De acordo com o executivo, a despesa por beneficiário continuará crescendo além da inflação devido a fatores como: incorporação de novas tecnologias, utilização exagerada dos serviços e transição demográfica. “A empresa precisa criar mecanismos de contenção de acesso, em razão do uso desenfreado que aumenta os desperdícios e, consequentemente, os custos. Por isso, fatores de conscientização sobre a utilização são muito importantes. A participação financeira do beneficiário em consultas e demais procedimentos é fundamental como fonte de informação para o segurado – uma vez que ele vai receber os extratos dizendo o que fez e quanto foi pago. Essa conscientização das pessoas deveria ser uma ação primária”, explica Peres.

O diretor da Bradesco Saúde também alertou que as empresas devem trabalhar com transparência: “Dizer quanto o plano de saúde custa para a empresa, qual a proporção do custo”. De acordo com Manoel Peres, o RH deve ser uma fonte de conhecimento para o uso adequado dos serviços de saúde.  “Esses três pontos: conscientização, participação no custeio do benefício e prover informação fazem a diferença na gestão e o RH precisa ser o suporte de informação para que as pessoas saibam usar adequadamente o plano”, enfatiza. 

Impacto da Regulação – O superintendente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Sandro Leal, participou do painel ‘A Agenda Regulatória e o Impacto sobre os empregadores: como lidar com desperdícios e fraudes no segmento”, ao lado de Leandro Fonseca, diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O encontro também contou com a participação do jornalista Gustavo Vieira.

Sandro Leal revelou que entre 20% e 40% de todos os gastos em saúde são desperdiçados por ineficiência, segundo o relatório “O Financiamento da Cobertura Universal”, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nessa direção sobre aumento dos custos, o superintendente da FenaSaúde chamou a atenção para a necessidade de reformas regulatórias que promovam a concorrência e transparência no setor de OPME (Órteses, Prótese e Materiais Especiais): “O diagnóstico feito pela CPI da Máfia das Próteses foi correto e precisa avançar.”

Leal apontou os caminhos para reduzir os desperdícios, que passa por uma mudança do modelo de remuneração; prontuário eletrônico para integrar os níveis de atenção; avaliação de custo-efetividade na incorporação de novas tecnologias; implementação de protocolos com revisão periódica; atenção ao paciente: anamnese e exame físico diagnosticam 75% das doenças; e medicina baseada em evidências. “Há um movimento nos Estados Unidos, no qual os empregadores têm uma entidade que basicamente ajuda a colocar o setor privado no rumo certo. Eles fazem isso analisando indicadores de melhores práticas entre hospitais e prestadores. É hora de discutir a adoção desse movimento aqui no Brasil também”, provocou Sandro Leal.

Já o diretor-presidente da ANS destacou que os empregadores possuem características e incentivos econômicos para promoverem efetiva mudança do modelo assistencial. “Precisamos sair desse modelo de planos para cobrir gastos com doenças, para planos que mantenham a saúde”, afirma. Para Leandro Fonseca, o cenário é preocupante uma vez que as despesas com a assistência à saúde em relação à folha de pagamento tendem a aumentar: “Por isso, o controle de custos e combate a fraudes são importantes no curto prazo, e a gestão de saúde populacional é crucial no longo prazo”.


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06/set/2017

Os avanços da tecnologia e a chamada quarta revolução industrial afetam e continuarão a afetar nossa rotina diária. Em relação à comunicação, essa experiência tem sido ainda mais intensa. No entanto, os impactos tecnológicos podem ser sentidos em muitas áreas, inclusive na medicina. Neste contexto, a telemedicina vem desenvolvendo e transformando rapidamente os serviços oferecidos pelos prestadores de cuidados de saúde em todo o mundo.

No Brasil, empresas e médicos só podem prestar os serviços de telemedicina se estiverem devidamente registrados no Conselho Regional de Medicina da respectiva jurisdição. A Resolução n.º 1.643, datada de 26 de agosto de 2002, emitida pelo Conselho Federal de Medicina (“Resolução CFM n.º 1.643”) regula os serviços de Telemedicina e reconhece os parâmetros estabelecidos na Declaração da Associação Médica Mundial sobre Responsabilidade, Responsabilidades e Diretrizes Éticas na Prática de Telemedicina.

A telemedicina permite que médicos e outros profissionais de saúde auxiliem no diagnóstico e tratamento de casos à distância, podendo ser utilizadas em diferentes modalidades, como o telemonitoramento e a teleconsulta.

Essa prática é cada vez mais comum e pode trazer grandes benefícios aos pacientes. Em um país de tamanho continental, como o Brasil, a teleconsulta pode ser uma ferramenta no tratamento de pacientes localizados em regiões isoladas geograficamente. O médico pode entrar em contato com uma equipe especialista a milhares de quilômetros de distância, compartilhar diagnósticos de imagem, bem como dados clínicos e discutir o caso com o objetivo de fornecer o tratamento mais apropriado ao paciente.

Um exemplo de sucesso é a parceria entre um hospital de excelência de São Paulo e um pequeno hospital no interior da Região Nordeste. Um mês após o início serviço de assistência via telemedicina, a taxa de mortalidade da unidade de terapia intensiva diminuiu em 50%.

Já o telemonitoramento é comumente usado no tratamento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Nesta modalidade, a troca de informações via eletrônica possibilita que o médico monitore em tempo real a condição física do paciente, como a pressão arterial e nível de glicose.

Devido à expansão da telemedicina no Brasil, o Conselho Federal de Medicina informou que atualizará a Resolução CFM n.º 1.643/2002. O CFM pretende elaborar regras mais alinhadas com as atuais práticas de mercado, com base em contribuições feitas pela sociedade.

A revisão do Código de Ética Médica também está em andamento e pretende adequar o entendimento da classe aos avanços técnicos recentes. Uma questão importante levantada em relação à telemedicina refere-se à ética e confidencialidade dos registros médicos. A verdade é que a melhoria nos serviços de telecomunicação também contribuiu para a expansão da telemedicina. Por exemplo, mediante o uso de um certificado digital, os médicos podem trocar informações de forma segura e manter a confidencialidade dos registros médicos, como é preceituado pelo Conselho profissional.

As novas tecnologias continuarão a transformar ainda mais nossas vidas e o acesso à saúde. A telemedicina pode definitivamente desempenhar um papel importante neste cenário e melhorar o nível de prestação serviços de saúde, tanto no sistema público como no privado. Uma regulamentação mais atualizada contribuirá para a criação de novas oportunidades comerciais em um mercado que conta com duzentos milhões de pessoas.


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30/ago/2017

Em tempos de dinheiro escasso, o setor de saúde no Brasil desperdiça recursos de todas as formas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima uma perda de 20% a 40% na área. No setor privado, 20% de desperdício representam R$ 27 bilhões. Só os exames de ressonância magnética e tomografia ultrapassam R$ 3 bilhões de excesso, quando comparados com outros países.

As oportunidades para aumentar a eficiência do sistema são inúmeras. O problema é o modelo, que não incentiva a qualidade. Enquanto se faz uma reflexão sobre o novo modelo, é possível implantar pequenas ações que certamente irão contribuir com a grande e esperada mudança.

Segundo a OMS, mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos. A entidade ainda cita que 55% das prescrições de antibióticos seriam cientificamente desnecessárias. Medicamentos caros são frequentemente usados quando há opções mais baratas e igualmente eficazes. Uma boa saída é ter uma auditoria mais focada na qualidade da assistência, subsidiando a equipe de auditoria com indicadores da instituição e análises comparadas.

De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde (CNES), no Brasil, há mais de 4,5 mil mamógrafos. No entanto, segundo publicação do site do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), somente 113 mamógrafos têm o respeitado selo da entidade. Seria essa uma das razões pela qual descobrimos os cânceres já avançados?

No caso de hospitais, menos de 5% têm algum tipo de certificação. As operadoras investem em demasia em seus próprios sistemas e são raras as iniciativas compartilhadas entre as mesmas. Pensar em melhorar a qualidade na assistência à saúde, dando subsídios à rede de prestadores de serviços, agregaria uma entrega com melhor valor integrado em saúde.

Todos os participantes do sistema de saúde podem utilizar melhor o dinheiro gasto em saúde. E quem ganha com isso? As pessoas, que teriam melhor qualidade de vida. As empresas, que reduziriam absenteísmo e presenteísmo e, com isso, aumentariam a produtividade. Os planos de saúde e prestadores de serviços, que entregariam saúde com mais qualidade à população com recursos para investimentos no setor.


Fonte: Saúde Business


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